terça-feira, 6 de setembro de 2011


Imagine uma panela cheia de água fria, na qual nada, tranquilamente, uma pequena rã. Um pequeno fogo é aceso embaixo da panela, e a água se esquenta muito lentamente.

Fiquem vendo: se a água se esquenta muito lentamente, a rã não se apercebe de nada! Pouco a pouco a água fica morna e a rã, achando isso bastante agradável, continua a nadar... e a temperatura da água continua subindo...

Com o inevitável avanço dos minutos a água se torna mais quente do que a rã poderia apreciar, então ela se sente um pouco cansada, mas não obstante a isso, não se amedronta e continua seu "banho" fatal.

Mais alguns minutos e a água está realmente quente. A rã começa a achar desagradável mas está muito debilitada então suporta e não faz nada. Com o passar do tempo e a subida constante da temperatura a rã acaba simplesmente cozida e morta!

Devemos observar que se a mesma rã tivesse sido lançada diretamente na água a 50 graus com um golpe de pernas ela teria pulado imediatamente para fora da panela. Isto mostra que, quando uma mudança acontece de um modo suficientemente lento escapa à consciência e não desperta, na maior parte dos casos, reação alguma, oposição alguma, ou mesmo, alguma revolta.

Se nós olharmos para o que tem acontecido em nossa sociedade desde há algumas décadas, podemos ver que nós estamos sofrendo uma lenta mudança no modo de viver, para a qual nós estamos nos acostumando. Uma quantidade de coisas que nos teriam feito horrorizar 20, 30 ou 40 anos atrás, foram pouco a pouco banalizadas e hoje, apenas incomodam ou deixam completamente indiferentes a maior parte das pessoas.

Em nome do progresso, da ciência e do lucro, são efetuadas ataques contínuos às liberdades individuais, à dignidade, à integridade da natureza, à beleza e à alegria de viver. Estes ataques são efetuados lentamente, mas inexoravelmente com a constante cumplicidade das vítimas, desavisadas e agora, assim como a rã de nossa estorinha incapazes de se defenderem.

As previsões para nosso futuro, em vez de despertar reações e medidas preventivas, não fazem outra coisa senão preparar psicologicamente as pessoas a aceitarem algumas condições de vida decadentes, aliás, dramáticas. O martelar contínuo de informações, pela mídia, satura os cérebros, que não podem mais distinguir as coisas. Há uma cauterização da consciência. A rã está sendo cozida e não sabe!

Quando eu falei pela primeira vez destas coisas, era para um amanhã. Agora, é para hoje!!!

Consciência ou cozido? Você precisa escolher!

Então, se você ainda não está como a rã, meio cozido, dê um saudável golpe de perna, antes que seja tarde demais.

NÓS JÁ ESTAMOS MEIO COZIDOS? OU NÃO?


Olivier Clerc, nesta sua breve história, através da metáfora, põe em evidência as funestas consequências da não consciência da mudança que infecta a nossa saúde, as nossas relações, a evolução social e o ambiente.


Nascido em 1961 na cidade de Genebra, na Suíça. É filósofo, escritor, editor, tradutor e conselheiro editorial especializada nas áreas de saúde, desenvolvimento pessoal, espiritualidade e relações humana. É também autor de "Médecine, Religion et Peur" (1999) e "Tigre et l´Araignée: les deux visages de la violence" (2004).


Fonte: Várias da Internet

6 comentários:

Carla Fernanda disse...

Um belísima e real metáfora que mostra a gravísima situação de todos nós que estamos no mesmo barco e sofreremos as mesmas consequências.....e ela serve até para a vida mesmo da gente, no dia a dia.... a gente nem percebe... o que a rotina vai nos empurrando goela abaixo.
Beijos e boa tarde!
Carla

Anônimo disse...

Oi Cris,
interessante. Gostei
Abraço!

Luna Sanchez disse...

Eu tô crua, Cris, graças a Deus!

Rs

Gosto muito dessa metáfora.

Um beijo, bom feriado.

Tati Lemos disse...

Tens rezão moça, achei muito verdadeira a moral da história. E que moral hein!!!


Beeijo moça!

*** Cris *** disse...

É isso aí Cris, precisamos de mudanças em nosso modo de viver e pensar para hoje, amanhã pode ser tarde demais.
Bjs e ótima semana!

Sig Souza disse...

Pois é Cris. As mudanças lentas mas radicais é que póssibilitarma o cresciemtno do nazismo com as consequencias que todos conhecemos.Agora commeçou-se a dar excessiva proteção aos bandidos que estão cada vez mais cheios de direitos.Espera ai! E o cidadão que paga impostos para sustentar a maquina administrativa. Não tem direitos não?
Ja começaram a esquentar a agua da sociedade que trabalha. Sera que vamos ser cozidos sem reclamar? Eu prefiro pular da panela agra!