quinta-feira, 30 de setembro de 2010

ALPHA COURSE
"Catedral Anglicana de São Paulo"

reunião de domingo muito apreciada pelos
130 participantes.


Rev. Aldo que levou a mensagem sobre
"Espírito Santo"

Tawane, Gisele, Denise e Helder,
que valorizaram esse encontro com lindos hinos.

As passagens Bíblicas distribuídas nos envelopes
vermelhos foram significantes espiritualmente.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A massacrante felicidade dos outros


Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.

Estamos todos no mesmo barco.

Há no ar um certo queixume sem razões muito claras.

Converso com mulheres que estão entre os 40 e 50 anos, todas com profissão, marido, filhos, saúde, e ainda assim elas trazem dentro delas um não-sei-o-quê perturbador, algo que as incomoda, mesmo estando tudo bem.

De onde vem isso?

Anos atrás, a cantora Marina Lima compôs com o seu irmão, o poeta Antonio Cícero, uma música que dizia: "Eu espero/ acontecimentos/ só que quando anoitece/ é festa no outro apartamento".

Passei minha adolescência com esta sensação: a de que algo muito animado estava acontecendo em algum lugar para o qual eu não tinha convite.

É uma das características da juventude: considerar-se deslocado e impedido de ser feliz como os outros são - ou aparentam ser.

Só que chega uma hora em que é preciso deixar de ficar tão ligada na grama do vizinho.

As festas em outros apartamentos são fruto da nossa imaginação, que é infectada por falsos holofotes, falsos sorrisos e falsas notícias.

Os notáveis alardeiam muito suas vitórias, mas falam pouco das suas angústias, revelam pouco suas aflições, não dão bandeira das suas fraquezas, então fica parecendo que todos estão comemorando grandes paixões e fortunas, quando na verdade a festa lá fora não está tão animada assim.

Ao amadurecer, descobrimos que a grama do vizinho não é mais verde coisíssima nenhuma.

Estamos todos no mesmo barco, com motivos pra dançar pela sala e também motivos pra se refugiar no escuro, alternadamente.

Só que os motivos pra se refugiar no escuro raramente são divulgados.

Pra consumo externo, todos são belos, sexys, lúcidos, íntegros, ricos, sedutores. "Nunca conheci quem tivesse levado porrada/ todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo".

Fernando Pessoa também já se sentiu abafado pela perfeição alheia, e olha que na época em que ele escreveu estes versos não havia esta overdose de revistas que há hoje, vendendo um mundo de faz-de-conta.

Nesta era de exaltação de celebridades - reais e inventadas - fica difícil mesmo achar que a vida da gente tem graça.

Mas tem.

Paz interior, amigos leais, nossas músicas, livros, fantasias, desilusões e recomeços, tudo isso vale ser incluído na nossa biografia.

Ou será que é tão divertido passar dois dias na Ilha de Caras fotografando junto a todos os produtos dos patrocinadores?

Compensa passar a vida comendo alface para ter o corpo que a profissão de modelo exige?

Será tão gratificante ter um paparazzo na sua cola cada vez que você sai de casa?

Estarão mesmo todos realizando um milhão de coisas interessantes enquanto só você está sentada no sofá pintando as unhas do pé?

Favor não confundir uma vida sensacional com uma vida sensacionalista.

As melhores festas acontecem dentro do nosso próprio apartamento.

Martha Medeiros

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

FISH....Lindo!!!!!
País : Taiwan / Diretor: Jay Shih

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!


Borboletas - Texto atribuído a Mário Quintana

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

PARA ONDE VAI O ÓLEO QUE VOCÊ JOGA FORA?


O óleo de fritura depois de utilizado pode causar poluição ambiental quando descartado de forma inadequada e contribui para causar danos à Saúde quando ingerido em excesso ou oxidado (usado repetidas vezes na fritura).

Um litro de óleo usado em frituras e jogado no ralo da pia pode poluir mais de 25 mil litros de água. Se for reaproveitado, ele pode ser usado como biocombustível ou como matéria-prima para fabricar sabão. No Brasil, mais de 130 municípios estão empenhados na coleta de óleo, disponibilizando mais de 880 ecopontos para a população. Para descobrir o mais próximo da sua casa, entre no site da Ecóleo (Associação Brasileira para Sensibilização, Coleta e Reciclagem):
www.ecoleo.org.br

A reciclagem do óleo e gordura de fritura reduzirá gastos com tratamento de doenças e será uma fonte de recursos para política de medicina preventiva.

Fontes: Ecóleo, Prefeitura Municipal de São Paulo e Sabesp

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Marina Colassanti

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos
e não ver vista que não sejam as janelas ao redor.
E porque não tem vista logo se
acostuma a não olhar para fora. E porque não olha
para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas.
E porque não abre as cortinas,
logo se acostuma a acender mais cedo a luz.
E, à medida que se acostuma, se esquece do sol,
se esquece do ar, esquece da amplidão.

A gente se acostuma a acordar sobressaltado porque
está na hora. A tomar café correndo porque está
atrasado. A ler jornal no ônibus porque
não pode perder tempo. A comer sanduiche
porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque
já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado.
A deitar cedo e dormir pesado sem ter
vivido o dia.

A gente se acostuma a abrir o jornal e ler sobre
a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos
e que haja números para os mortos. E aceitando os números,
aceita não acreditar nas negociações de paz.
E não aceitando as negociações de paz, aceitar
ler todo dia de guerra, dos números,
da longa duração.

A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir
no telefone: "hoje não posso ir".
A sorrir para as pessoas sem receber
um sorriso de volta. A ser ignorado
quando precisa tanto ser visto.

A gente se acostuma a pagar por tudo o que se
deseja e necessita. E a lutar para ganhar com que pagar.
E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar.
E a pagar mais do que as coisas valem.
E a saber que cada vez pagará mais.
E a procurar mais trabalho, para ganhar
mais dinheiro, para ter com que pagar nas
filas em que se cobra.

A gente se acostuma a andar nas ruas e ver
cartazes. A abrir as revistas e ler artigos.
A ligar a televisão e assistir comerciais. A ir ao cinema
e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido,
desnorteado, lançado na infindável catarata
dos produtos.

A gente se acostuma à poluição, às salas fechadas de
ar condicionado e ao cheiro de cigarros.
À luz artificial de ligeiro tremor.
Ao choque que os olhos levam à luz natural.
As bactérias de água potável. À contaminação da água
do mar. À morte lenta dos rios. Se acostuma a não
ouvir passarinhos, a não ter galo de madrugada,
a não colher fruta no pé, a não
ter sequer uma planta por perto.

A gente se acostuma a coisas demais para
não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber,
vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali,
uma revolta lá. Se o cinema está cheio, a gente senta
na primeira fila e torce um pouco o pescoço.
Se a praia está contaminada, a gente molha os pés
e sua o resto do corpo. Se o trabalho está duro,
a gente se consola pensando no fim de semana.
E se no fim de semana não há muito que fazer,
a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque
tem muito sono atrasado.

A gente se acostuma a não falar na aspereza para
preservar a pele. Se acostuma para evitar sangramentos,
para esquivar-se da faca e da baioneta,
para poupar o peito.

A gente se acostuma para poupar a vida.

Que aos poucos se gasta, e que, de tanto
acostumar, se perde de si mesma.

Fonte: Recebido pelo Grupo Jardim dos Girassóis