terça-feira, 26 de julho de 2011

Um dia a maioria de nós irá se separar. Sentiremos saudades de todas as conversas jogadas fora, as descobertas que fizemos, dos sonhos que tivemos, dos tantos risos e momentos que compartilhamos...

Saudades até dos momentos de lágrima, da angústia, das vésperas de finais de semana, de finais de ano, enfim... do companheirismo vivido... Sempre pensei que as amizades continuassem para sempre...

Hoje não tenho mais tanta certeza disso. Em breve cada um vai pra seu lado, seja pelo destino, ou por algum desentendimento, segue a sua vida, talvez continuemos a nos encontrar, quem sabe... nos e-mails trocados...

Podemos nos telefonar... conversar algumas bobagens. Aí os dias vão passar... meses... anos... até este contato tornar-se cada vez mais raro. Vamos nos perder no tempo...

Um dia nossos filhos verão aquelas fotografias e perguntarão: Quem são aquelas pessoas? Diremos que eram nossos amigos. E... isso vai doer tanto!!! Foram meus amigos, foi com eles que vivi os melhores anos de minha vida!

A saudade vai apertar bem dentro do peito. Vai dar uma vontade de ligar, ouvir aquelas vozes novamente... Quando o nosso grupo estiver incompleto... nos reuniremos para um último adeus de um amigo. E entre lágrima nos abraçaremos...

Faremos promessas de nos encontrar mais vezes daquele dia em diante. Por fim, cada um vai para o seu lado para continuar a viver a sua vidinha isolada do passado... E nos perderemos no tempo...

Por isso, fica aqui um pedido deste humilde amigo: não deixes que a vida passe em branco, e que pequenas adversidades sejam a causa de grandes tempestades...

Eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores... mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!!!

Vinícius de Moraes

3 comentários:

Rosani Zelada Rios Bau disse...

oi amiga, esse texto é maravilhoso né? eu já tinha lido mas nunca é demais relembrar...
bj e bj no ozzy

Sig Souza disse...

Vinicius de Morais é sem comentarios.Ele estava,e esta,alem dos comentarios.Muito bom compartilhar este texto com a blogosfera.

Fanzine Episódio Cultural disse...

A Caixa de Pandora

Quando criança
Eu falava com os anjos,
Enxergava o mundo
Com os olhos da Inocência.

Cresci, tornei-me um homem
Cheio de idéias, metas e planos.
Abri minha caixa de Pandora
E só encontrei o engano.

Revoltado e sem esperança, lancei-a ao mar
Junto com a minha frustração
Que, calada, não se manifestou.

E agora, o que fazer?
O passado sepultei,
O presente neguei,
O que dirá o meu futuro?

Arrependido, voltei ao penhasco e,
Ofegante, a caixa procurei.
Por um momento, desesperançoso, orei.
O que eu desejava não acontenceu,
Mas uma resposta um anjo me deu:

Revelou-me que sem lutar
Um homem derrotado se torna.
Sem objetivos e sem sonhos
Sua vida é vazia de glórias.

*Do livro “O ANJO E A TEMPESTADE”, de Agamenon Troyan